Nunca vi na história política de Mariana secretários e participantes do primeiro escalão da administração pública municipal cometer tantos erros, desatinos e asneiras como os provocados pelos principais assessores de Terezinha Ramos durante os seus dois pequenos períodos de mandato como prefeita de Mariana. Na ânsia de demonstrar força política que nunca tiveram, querendo proteger Terezinha de seus adversários políticos, eles cometeram uma série de primárias trapalhadas administrativas.
Primeiramente, inconformados com a atuação do Juiz Eleitoral de Mariana, a primeira investida foi tentar expulsar o magistrado do apartamento residencial localizado no prédio construído pelo município na administração do prefeito Jadir Macedo justamente para ser moradia de juiz, promotor e delegado de policia.
Em seguida, tentaram expulsar a Policia Civil de um prédio alugado pela prefeitura, criando problemas com autoridades do poder judiciário e executivo estaduais.
Ainda não contentes, os amalucados assessores da prefeita começaram a brigar com o poder legislativo municipal usando emissora de rádio local para fazer críticas contundentes contra os vereadores.
Depois fizeram um contrato administrativo com uma banca de advogados em Belo Horizonte obrigando o município a pagar uma importância de R$ 98 mil reais. O Ministério Público considerou irregular o contrato e entrou com uma ação civil pública contra a prefeita que foi aceita pela Justiça e ainda está até hoje em fase de julgamento do mérito.
Posteriormente, por duas vezes, um cidadão entrou com uma ação processante contra a prefeita na Câmara Municipal de Mariana com base na denúncia acima, pedindo a cassação de seu mandato. Com fulcro nessa denúncia e em represália aos ataques dos aloprados, os vereadores decidiram por 8 a 2 cassar o mandato dela.
Ressalte-se que, logo no inicio de mandato da ex-prefeita, os seus aloprados assessores conseguiram a façanha de obrigá-la a pessoalmente expulsar o então vice dela de uma sala da prefeitura. Hoje, numa decisão político-eleitoral surpreendente, a ex-prefeita apóia incondicionalmente a campanha do prefeito. Por incrível que pareça, mesmo sofrendo as consequências da falsa amizade do sopra e morde existente entre os dois, dos males o menor: ela se sente mais protegida ao lado dos latifundiários empresários da mineração do que ao lado dos aloprados!
E os aloprados hoje com quem estão politicamente? Uma coisa é certa: eles conseguiram também outra façanha inédita e impensável até há pouco tempo: implodiram definitivamente a tradicional união das forças ramistas na política marianense. Agora os ramistas estão dispersos, sem um líder carismático para liderá-los, cada um tomando então um rumo diferente nas eleições municipais deste ano.
Quem via de fora o comportamento amalucado dos aloprados pensava que eles eram doidos ou inimigos da prefeita e queriam a sua saída imediata do poder.
Como se conclui, os assessores da prefeita eram politicamente suicidas, e, caso não houvesse essa atuação desastrada e amalucada dos aloprados trapalhões, Terezinha Ramos ainda seria a prefeita de Mariana. Mas, com amigos assim, ela, coitada, nem precisava de inimigos para derrubá-la!
Nenhum comentário:
Postar um comentário