quarta-feira, 16 de maio de 2012

Eleições proporcionais

Compulsando os resultados oficiais das eleições proporcionais municipais de 2008, constatou-se que nenhum vereador da atual legislatura, a exemplo das eleições anteriores, conseguiu se eleger com seus próprios votos. Os vereadores eleitos precisaram da ajuda dos votos de legenda dos partidos coligados.  Daí a importância de formar uma coligação forte de partidos para se formar uma bancada expressiva para dar sustentação política ao futuro prefeito eleito ou então fazer oposição a ele.
Por ser uma eleição parlamentar proporcional, vários candidatos a vereador que disputaram as eleições de 2008 não foram eleitos, mas tiveram mais votos que quatro que foram eleitos. Por exemplo: Sônia Azzi (PV) teve mais votos que Ailda (PT), Reginaldo (PR), Nêgo (PTB) e Fernando Sampaio (PRB); Roberto Cota (PSB) teve mais votos que Reginaldo, Nêgo e Fernando; Fabinho Ramos (PTB) teve mais votos que Fernando Sampaio; Bené do Caminhão teve mais votos que Reginaldo, Nêgo e Fernando Sampaio; Adimar (PP) teve mais votos que Reginaldo, Nego e Fernando Sampaio.
Quem se dedica a pesquisar a história política de Mariana vai constatar que ela teve comportamento político diferente ao longo dos anos. Durante o século XX predominou o fanatismo político, a fidelidade partidária e a disputa tradicional entre Direita e Esquerda. Posteriormente, com a decadência da Direita que não teve candidato próprio em duas eleições e se aliou a candidatos oriundos da Esquerda como Marco Mol e depois Celso Cota, a disputa passou a ser entre ramistas e antiramistas. Agora, o perfil político deste ano mudou novamente: parece, salvo engano, que vamos ter uma disputa eleitoral entre celsistas e anticelsistas.
Por causa disso, essas eleições proporcionais estão tirando o sono de muitos políticos e candidatos ao cargo de vereador. Alguns, inclusive, prefeririam ser candidatos ao cargo de vice-prefeito de um candidato bom de voto. Se eleito, além de não fazer absolutamente nada, ainda ganharia um ótimo salário. Uma ociosidade bem remunerada.
Os candidatos a vereadores e seus respectivos partidos no momento estão num dilema terrível: não sabem se aliam à coligação partidária celsista ou anticelsista. Ninguém quer dar um passo em falso embarcando numa canoa furada.
Os oportunistas de plantão como as empreiteiras de obras públicas, prestadores e fornecedores de serviços, empresários da comunicação, cabos eleitorais, profissionais liberais, como médicos, advogados, engenheiros, estão em cima do muro esperando a hora certa para sair do muro e dar o  bote certeiro, pois quem está fora quer entrar e quem está dentro não quer sair.  Essa gente não sabe viver sem o amparo das generosas verbas públicas da prefeitura, a viúva rica, nem da Câmara, a prima rica!  Sem elas, esse pessoal morre de fome...       

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