Enquanto os seus adversários políticos apostam na impugnação de sua candidatura ao cargo de prefeito pela eventual aplicação da ficha limpa contra ele, Celso Cota não só já decidiu ser candidato como também escolheu o seu vice Duarte Júnior, apoiado por uma coligação ainda não oficialmente formalizada e constituída de vários partidos.
A maioria dos vereadores que deram um cheque em branco de 28 milhões de reais ao prefeito sem saber até hoje onde serão aplicados é filiada a partidos que compõem a coligação e dão sustentação às candidaturas de Celso e Du ao cargo de prefeito e vice. Devido a isso, no momento, travestidos de espertos, estão fazendo jogo duplo, um verdadeiro contorcionismo político: apoiam o atual prefeito que, a troco do cheque em branco dado, deverá atender algumas das reivindicações eleitorais desses vereadores: o famoso toma lá dá cá. Mas, por outro lado, irão disputar as eleições municipais pela coligação adversária do prefeito que também deseja concorrer à reeleição. Afinal de contas, sem infringir a fidelidade partidária, com quem esses vereadores irão apoiar nestas eleições? O prefeito ou o ex-prefeito? Uma boa pergunta!
Três partidos até o momento revelaram pela imprensa a pretensão de disputar as eleições municipais com candidatos próprios: o PMDB, o PDT e o PT. Comenta-se nos bastidores políticos que o provável candidato do PMDB seria o vereador Mundinho Horta. No PDT, o único nome cogitado é o do vereador Bambu, uma vez que o presidente do PDT, Walter Rodrigues, não poderia ser candidato por ser irmão do atual prefeito Roberto Rodrigues. No PT, seria o Dr. Jonas. O DEM do Alypio Faria está tentando emplacar o nome de Rodrigo Miranda, filho do ex-vereador Nonô Miranda. O PTB está rachado entre os ramistas fiéis a Terezinha e o prefeito Roberto Rodrigues, pois ambos, parecem, querem disputar o mesmo cargo.
Ao contrário das eleições municipais de 2008 que tiveram seis candidatos e cinco disputaram com a desistência de Chico da Farmácia, a tendência este ano, parece, é a aglutinação de alguns desses partidos, não todos evidentemente, visando encontrar um candidato de consenso ao cargo de prefeito para disputar as eleições municipais contra Celso Cota e Du.
Todos esses partidos acima, porém, parecem estar com algumas dificuldades para formar a tal coligação destinada a fortalecer o grupo, pois suas respectivas lideranças políticas, egoístas, querem ser candidatas a prefeito e nenhuma delas fala a mesma língua.
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