O recado mais importante que o eleitorado marianense deu nas eleições municipais deste ano foi repudiar a indecente forma dos aloprados terroristas eleitorais fazer política, pensando que Mariana ainda vivia na terrível era do coronel que não era querido, mas muito temido e que infelicitou a nossa comunidade no século passado. O eleitorado soube rejeitar com a arma do voto a ideia estúpida e retrógrada de que é preciso fazer baixaria para ganhar eleições.
Outro recado importante: o eleitorado marianense, - somando todos os percentuais dos seis demais candidatos, por maioria absoluta de votos válidos, - demonstrou que não queria que o atual prefeito fosse reeleito já que conquistou o poder, não nas urnas, mas na base do tapetão eleitoral e do parlamento municipal.
Contrariando a lei eleitoral que proibe divulgação maciça a favor de determinado candidato em detrimento de outros, principalmente quando ele detém ou está no exercício do cargo de prefeito, alguns jornais de Mariana e da região dos inconfidentes, durante o período eleitoral, deram muito destaque às atividades administrativas e eleitorais do prefeito já apostando que ele seria reeleito. Erraram feio. O apoio estranho e inexplicável até hoje de Terezinha Ramos a Roberto Rodrigues provocou muita indignação nos ramistas tradicionais que, em protesto, votaram em Celso Cota.
Candidato que tem confiança de que vai ganhar eleições e confia no seu próprio prestigio eleitoral não usa a baixaria. Baixaria é típico e prenúncio de quem vai perder as eleições e então, desesperado, parte para o vale tudo. Depois que perdem as eleições, para enganar a si próprio e a seus correligionários, os candidatos derrotados sempre prometem que vão apelar, prometendo que o adversário vencedor nas urnas não toma posse, pois será impugnado.
Por hipótese, levando a sério a ameaça dos candidatos derrotados nas eleições deste ano, poderíamos analisar as seguintes situações:
A primeira hipótese absurda, apenas para argumentar, se um candidato eleito fosse impugnado por uma suposta infração eleitoral, que este ano não acorreu, o prefeito e vice seriam afastados. Mas, no caso especifico das eleições de 2012, a chapa colocada em segundo lugar não tomaria posse automaticamente. Por quê? Porque, ao contrario das eleições de 2008, os candidatos vencedores do pleito deste ano foram eleitos por maioria de votos válidos (54,38%). Caso isso acontecesse, deveria haver uma nova eleição imediatamente.
A segunda hipótese: caso o prefeito eleito nas urnas fosse condenado por uma infração não eleitoral, ele seria afastado do cargo, mas seu vice, que não tem nada haver com a infração cometida pelo prefeito eleito, ocuparia o seu lugar.
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