Antigamente, quando havia fidelidade partidária em Mariana, a divulgação da propaganda eleitoral dos candidatos aos cargos de prefeito e vereador nos veículos automotores ou fachadas de casas particulares de propriedade de eleitores era gratuita. Os proprietários de veículos e de casas residenciais não só faziam a divulgação da candidatura de graça, como também trabalhavam pessoalmente para conquistar votos para os candidatos de sua preferência pessoal. No passado, o prestigio dos candidatos se media pela quantidade de pessoas que externavam e aderiam espontaneamente à sua candidatura.
Hoje, isso não mais acontece. A propaganda eleitoral se tornou uma atividade comercial lucrativa que muita gente aproveita a ocasião para faturar alguma grana extra. Alguns candidatos pagam até o combustível. A quantidade de carros ou fachadas de imóveis com propaganda eleitoral, hoje, não significa mais prestígio nem sequer a garantia de votos para os próprios candidatos.
Pelo contrário, todos, se quiserem, deverão pagar. Alguns candidatos ao cargo de vereador, mais abonados, que não levam a sério a fidelidade partidária, pagam inclusive mais caro quando exigem que sua propaganda seja exclusiva sem a propaganda do candidato a prefeito de seu próprio partido ou coligação. Os veículos, com propaganda enganosa, porquanto alugada, são obrigados a circular pela cidade e distritos ou então ficar parados em lugares estratégicos onde circula muita gente.
Outra atividade muito comum nas eleições municipais é a farta e descarada doação de materiais de construção para os eleitores. Ninguém denuncia isso à Justiça Eleitoral porque, com raras e honrosas exceções, quase todos os políticos fazem isso. É o crime da corrupção ativa dos candidatos que pagam aliada à corrupção passiva de eleitores que recebem. Ambos são corruptos. É a famosa, tradicional e condenável, jamais coibida, prática da compra de votos!
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