sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Vereador cúmplice?*

É triste admitir, mas a Câmara de Mariana tem exercido o papel de cúmplice dos mandos e desmandos do Executivo. Ao invés de cumprir a sua função de fiscalização, a maioria dos vereadores tem se prestado a dizer “sim senhor” ao chefe do executivo. Primeiro, deram ao senhor prefeito um “cheque em branco” de R$28 milhões; agora vêm aprovando suplementações milionárias utilizadas em transações, no mínimo, imorais, sem qualquer se dar ao trabalho de exigir a prestação de contas.
E os representantes do povo, o que fazem? Permanecem num silêncio ensurdecedor a custo sabe-se lá de quê. É um tal de “...não sei, não vi, não conheço, mas dizem que o silêncio tem um preço. Quem será que paga e quem recebe?” (Gabriel O Pensador). Não fosse a imprensa denunciar os atos e o zeloso Ministério Público Estadual investigar esses “negócios em família” do Executivo, estaríamos perdidos.
É preciso lembrar aos senhores que vereador que não fiscaliza (se omite da sua função) está agindo de forma ilegal e criminosa. Um cúmplice é aquele que pratica alguma ilegalidade ou acoberta o infrator. Quando existe uma má gestão do Executivo, os vereadores praticam esta má gestão solidariamente. Afinal, tudo o que o prefeito faz é votado e aprovado na Câmara.
Viva a democracia e seus cúmplices!
*Editorial do jornal “A Semana”, edição 450, de 15 a 21.11.2012.
Meu comentário: é como sempre disse: “o legislativo como exercido no país é um poder inútil pois, além de não fiscalizar absolutamente nada o poder executivo, ainda custa muito caro aos cofres públicos. Os parlamentares por legislar em causa própria e defender  interesses pessoais escusos, alguns até inconfessáveis, preferem não fazer oposição  apoiando incondicionalmente prefeitos, governadores e presidentes da República de plantão a lutar pelos interesses do município, do estado e do  país.     Com todo o respeito ao eleitor, quem ainda vota em vereadores, deputados estaduais, federais e senadores ou é um masoquista que adora sofrer ou então é um idiota ou otário incurável...
Desde 1982, há 30 anos, não voto em candidatos que exercem cargos no poder legislativo. Antes disso, infelizmente, já fui muitas vezes idiota, otário, masoquista e, pior, não sabia que era...  

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