Quando foi lançado pela primeira vez no país, o telefone celular era vendido no mercado na faixa de cinco mil reais. Era um aparelho muito caro que só a classe média de renda alta podia adquirir. Os novos ”ricos” emergentes começaram a exibi-lo nas ruas da cidade. Desfrutaram, por muito tempo, os seus gloriosos 15 minutos de fama. À medida que o celular foi popularizando, foi a vez da classe média de renda média e baixa desfrutar de seus momentos de glória.
Para diferenciar então das pessoas de renda baixa, que ainda desfrutam de seus 15 minutos de fama, atualmente as pessoas de renda média e alta, envergonhadas, raramente usam o celular nas ruas, usando-o apenas quando estão em serviço. Como todo mundo hoje possui telefone celular, o exibicionismo não tem mais graça, perdeu o seu glamour.
A exemplo do que aconteceu no passado com o telefone celular, para os que nunca tiveram automóvel na vida, o chique, agora na moda, é exibir o seu carro novo, zero KM pelo centro histórico de Mariana. Todo fim de semana, aos sábados e domingos, o centro da cidade fica lotado de automóveis. Por volta das 19 horas, o desfile exibicionista começa ali na Rua Frei Durão, passando pela Praça Gomes Freire, a passarela mais concorrida, seguindo pela Rua Dom Viçoso até a Praça Dom Benevides quando retorna de novo. Esse desfile vai até 11 horas da noite.
O trânsito nesse trecho fica caótico, congestionado, pois esses logradouros públicos têm mão e contramão e estacionamento permitido em ambos os lados. Alguns, mais exibicionistas, botam um som bem alto para chamar mais atenção, sempre sob os olhares omissos e complacentes do Demutran que não toma nenhuma providência para coibir o abuso sonoro.
Escrevo essas memórias sociais marianenses não com o propósito de censura ou deboche, mas para que a gente possa comparar os costumes vigentes com os futuros. Por exemplo, sou ainda do tempo em que Mariana, nas décadas de 1950/60, tinha apenas dois taxistas e de dois carros particulares. Ninguém acredita, mas é verdade. Todos acharão graça de que um dia no passado recente muita gente ficou deslumbrada em possuir telefone celular e automóvel, dois objetos de desejo que hoje quase todo mundo tem!
Para diferenciar então das pessoas de renda baixa, que ainda desfrutam de seus 15 minutos de fama, atualmente as pessoas de renda média e alta, envergonhadas, raramente usam o celular nas ruas, usando-o apenas quando estão em serviço. Como todo mundo hoje possui telefone celular, o exibicionismo não tem mais graça, perdeu o seu glamour.
A exemplo do que aconteceu no passado com o telefone celular, para os que nunca tiveram automóvel na vida, o chique, agora na moda, é exibir o seu carro novo, zero KM pelo centro histórico de Mariana. Todo fim de semana, aos sábados e domingos, o centro da cidade fica lotado de automóveis. Por volta das 19 horas, o desfile exibicionista começa ali na Rua Frei Durão, passando pela Praça Gomes Freire, a passarela mais concorrida, seguindo pela Rua Dom Viçoso até a Praça Dom Benevides quando retorna de novo. Esse desfile vai até 11 horas da noite.
O trânsito nesse trecho fica caótico, congestionado, pois esses logradouros públicos têm mão e contramão e estacionamento permitido em ambos os lados. Alguns, mais exibicionistas, botam um som bem alto para chamar mais atenção, sempre sob os olhares omissos e complacentes do Demutran que não toma nenhuma providência para coibir o abuso sonoro.
Escrevo essas memórias sociais marianenses não com o propósito de censura ou deboche, mas para que a gente possa comparar os costumes vigentes com os futuros. Por exemplo, sou ainda do tempo em que Mariana, nas décadas de 1950/60, tinha apenas dois taxistas e de dois carros particulares. Ninguém acredita, mas é verdade. Todos acharão graça de que um dia no passado recente muita gente ficou deslumbrada em possuir telefone celular e automóvel, dois objetos de desejo que hoje quase todo mundo tem!
Um comentário:
Por isso que nos fins-de-semana, meu carro, usado principalmente para fins laborais, fica na garagem, a não ser por alguma necessidade de locomoção que não possa ser feita à pé. E no Carnaval, já há vários anos, guardo-o na sexta e só o retiro na quarta, quando muito. O jornalista Gustavo Nolasco escreveu, há alguns anos, um texto intitulado aproximadamente "os playboys dos porta-malas elétricos", que reflete bem o conteúdo dessa postagem.
Postar um comentário