Em todo começo de ano novo, confesso que fico deveras escandalizado com a quantidade de material escolar que as escolas particulares exigem dos pais para a educação de seus filhos.
Quando eu fiz o curso primário, secundário e contábil nas décadas de 1950 a 1960, o material exigido aos alunos, na época, além do uniforme, era obrigatório levar apenas lápis, cadernos e borracha. Na ocasião, nem a caneta era exigida, pois havia apenas dois tipos de caneta disponíveis: a caneta-tinteiro, muito cara, a famosa caneta Parker, por exemplo, ou a caneta popular cuja pena tinha que ser abastecida toda hora num tinteiro, além de exigir um mata-borrão. As crianças poderiam se sujar toda de tinta, caso usassem este tipo de caneta. Ainda não existiam as práticas canetas esferográficas.
Os livros eram fornecidos pela EE. Dom Benevides onde estudei o curso primário. No curso secundário, estudei numa escola particular gratuita, o antigo Dom Frei Manoel da Cruz, que ainda funcionava no Dom Benevides, onde era obrigatória, além do uniforme, a compra de cadernos e livros das matérias básicas como Português, Matemática, História, Geografia, Inglês, Francês e Latim. O custo do material escolar naquela época era infinitamente menor do que hoje, quando agora os pais são obrigados a gastar uma fortuna para comprar a excessiva quantidade de material didático exigido pelas escolas particulares. Para custear a educação de seus filhos, além das altas mensalidades das escolas particulares, os coitados dos pais ainda são obrigados a pagar suas dividas em várias prestações mensais aos estabelecimentos fornecedores de material escolar.
Atualmente, os que ganham muito com a educação no país são os fornecedores de material escolar e os empresários proprietários de escolas particulares. As faculdades, universidades e escolas particulares viraram hoje uma verdadeira fábrica de diplomas, despejando no mercado de trabalho milhares de jovens sem nenhuma qualificação ou competência profissional. Paradoxalmente, a impressão que a gente tem é que, quanto mais se exige material escolar dos alunos, pior fica a qualidade de ensino ministrado no país.
Que a qualidade do ensino no Brasil é péssima já não se discute mais. É fato comprovado. Mas é injusta a pecha de jogar a culpa disso tudo somente na incompetência reconhecida de governos municipal, estadual e federal, na péssima qualidade de professores e de escolas particulares. O principal culpado disso tudo, e ninguém tem coragem de dizer isso, são os próprios alunos que não querem estudar e apenas desejam tirar um diploma que não vale nada. Felizes são os alunos conscientes de que a educação é fundamental para o seu futuro sucesso na vida. O que adianta ter boas escolas se a grande maioria dos alunos não quer mais estudar? Contra isso não há solução!
Só a escola da vida dá jeito nisso: os que forem competentes terão sucesso na carreira profissional, os que não forem passarão por sérias dificuldades sociais, econômicas e financeiras o resto da vida. Quando eles acordarem para a realidade da importância da boa instrução e educação já é tarde demais!
Quando eu fiz o curso primário, secundário e contábil nas décadas de 1950 a 1960, o material exigido aos alunos, na época, além do uniforme, era obrigatório levar apenas lápis, cadernos e borracha. Na ocasião, nem a caneta era exigida, pois havia apenas dois tipos de caneta disponíveis: a caneta-tinteiro, muito cara, a famosa caneta Parker, por exemplo, ou a caneta popular cuja pena tinha que ser abastecida toda hora num tinteiro, além de exigir um mata-borrão. As crianças poderiam se sujar toda de tinta, caso usassem este tipo de caneta. Ainda não existiam as práticas canetas esferográficas.
Os livros eram fornecidos pela EE. Dom Benevides onde estudei o curso primário. No curso secundário, estudei numa escola particular gratuita, o antigo Dom Frei Manoel da Cruz, que ainda funcionava no Dom Benevides, onde era obrigatória, além do uniforme, a compra de cadernos e livros das matérias básicas como Português, Matemática, História, Geografia, Inglês, Francês e Latim. O custo do material escolar naquela época era infinitamente menor do que hoje, quando agora os pais são obrigados a gastar uma fortuna para comprar a excessiva quantidade de material didático exigido pelas escolas particulares. Para custear a educação de seus filhos, além das altas mensalidades das escolas particulares, os coitados dos pais ainda são obrigados a pagar suas dividas em várias prestações mensais aos estabelecimentos fornecedores de material escolar.
Atualmente, os que ganham muito com a educação no país são os fornecedores de material escolar e os empresários proprietários de escolas particulares. As faculdades, universidades e escolas particulares viraram hoje uma verdadeira fábrica de diplomas, despejando no mercado de trabalho milhares de jovens sem nenhuma qualificação ou competência profissional. Paradoxalmente, a impressão que a gente tem é que, quanto mais se exige material escolar dos alunos, pior fica a qualidade de ensino ministrado no país.
Que a qualidade do ensino no Brasil é péssima já não se discute mais. É fato comprovado. Mas é injusta a pecha de jogar a culpa disso tudo somente na incompetência reconhecida de governos municipal, estadual e federal, na péssima qualidade de professores e de escolas particulares. O principal culpado disso tudo, e ninguém tem coragem de dizer isso, são os próprios alunos que não querem estudar e apenas desejam tirar um diploma que não vale nada. Felizes são os alunos conscientes de que a educação é fundamental para o seu futuro sucesso na vida. O que adianta ter boas escolas se a grande maioria dos alunos não quer mais estudar? Contra isso não há solução!
Só a escola da vida dá jeito nisso: os que forem competentes terão sucesso na carreira profissional, os que não forem passarão por sérias dificuldades sociais, econômicas e financeiras o resto da vida. Quando eles acordarem para a realidade da importância da boa instrução e educação já é tarde demais!
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