Douglas Couto, jornalista e especialista em Marketing e Assessoria de Imprensa
Nem mesmo a boa e veraz Folhinha de Mariana, com toda a sua tradição de acertos, seria capaz de prever os tempos nebulosos que pairavam sobre o caos da cidade primaz das gerais. E não estamos falando de dias, mas meses, um ano e seis meses de turbulência política, nas mãos da incerteza, relegados a dúvida.
No entra e sai frenético de prefeitos acabamos por nos habituar a dormir sob a gestão de um... e, no dia seguinte, entre liminares e recursos, acordar com um outro. Desde as eleições de 2008, nada menos que cinco sentaram na grande cadeira. Com uma velocidade nunca antes vista, os políticos se apoiam em pareceres bem-elaborados, plenos de fundamentos jurídicos, e obriga os mais de 50 mil habitantes a engolir algo que já não lhe mais cabe.
No ano do tricentenário da primeira vila, cidade e capital de Minas não era bem este triste marco que desejávamos deixar na história política. A matriarca das gerais merecia bem mais respeito dos seus diletos filhos.
Certa vez, o advogado Israel Quirino escreveu que a Justiça tem uma dívida histórica para com Mariana. Como lembra esse notável operador do direito, sempre que os interesses do município foram levados às barras do tribunal, por uma quizila ou outra, sacrificou-se a cidade em detrimento de uma entrelinha, uma morosidade cúmplice, uma interpretação singular, ou o simples silêncio mortal das catacumbas.
No célebre artigo IUS QUA SERA TAMEN (justiça ainda que tardia), Israel Quirino faz um relato dos prejuízos da primaz todas as vezes em que o destino deste povo foi decidido pelos nobres operadores do direito. E como de erros e acertos se faz a história, nos vemos outra vez no olho do furacão, prestes a assistir a nova troca de comando.
Pela quinta vez, em dois anos e meio, o destino dos mais de 50 mil moradores se encontra às voltas de estar nas mãos de outro prefeito. Em meio a essa mudança, há uma voz insistente em nossa alma que nos obriga a matutar em silêncio que ainda este não é o fim da interminável briga pelo poder.
Essa gente simples, que no decorrer dos anos aprendeu a encontrar em si a solução dos seus problemas, aguarda ansiosa a chegada de outubro de 2012 para depositar nas urnas a esperança de ao menos tentar recuperar os quatro anos perdidos. E que a justiça nos seja pródiga, pelo menos por uma vez! E que possamos escrever na bandeira de Mariana: jus qua sera tamen!".
No entra e sai frenético de prefeitos acabamos por nos habituar a dormir sob a gestão de um... e, no dia seguinte, entre liminares e recursos, acordar com um outro. Desde as eleições de 2008, nada menos que cinco sentaram na grande cadeira. Com uma velocidade nunca antes vista, os políticos se apoiam em pareceres bem-elaborados, plenos de fundamentos jurídicos, e obriga os mais de 50 mil habitantes a engolir algo que já não lhe mais cabe.
No ano do tricentenário da primeira vila, cidade e capital de Minas não era bem este triste marco que desejávamos deixar na história política. A matriarca das gerais merecia bem mais respeito dos seus diletos filhos.
Certa vez, o advogado Israel Quirino escreveu que a Justiça tem uma dívida histórica para com Mariana. Como lembra esse notável operador do direito, sempre que os interesses do município foram levados às barras do tribunal, por uma quizila ou outra, sacrificou-se a cidade em detrimento de uma entrelinha, uma morosidade cúmplice, uma interpretação singular, ou o simples silêncio mortal das catacumbas.
No célebre artigo IUS QUA SERA TAMEN (justiça ainda que tardia), Israel Quirino faz um relato dos prejuízos da primaz todas as vezes em que o destino deste povo foi decidido pelos nobres operadores do direito. E como de erros e acertos se faz a história, nos vemos outra vez no olho do furacão, prestes a assistir a nova troca de comando.
Pela quinta vez, em dois anos e meio, o destino dos mais de 50 mil moradores se encontra às voltas de estar nas mãos de outro prefeito. Em meio a essa mudança, há uma voz insistente em nossa alma que nos obriga a matutar em silêncio que ainda este não é o fim da interminável briga pelo poder.
Essa gente simples, que no decorrer dos anos aprendeu a encontrar em si a solução dos seus problemas, aguarda ansiosa a chegada de outubro de 2012 para depositar nas urnas a esperança de ao menos tentar recuperar os quatro anos perdidos. E que a justiça nos seja pródiga, pelo menos por uma vez! E que possamos escrever na bandeira de Mariana: jus qua sera tamen!".
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