No meu entendimento, quando expulsaram o vice de uma sala da prefeitura, os ramistas afoitos cometeram um grave erro político. Expulsaram logo uma pessoa que sabia demais dos segredos políticos e administrativos do grupo. O risco de represália política era inevitável. Coincidência ou não, de autoria ainda desconhecida, surgiu um vídeo no Youtube acusando a prefeita de ter usado dinheiro público para pagar advogado para tratar de sua defesa pessoal na justiça eleitoral. Segundo informações, inclusive uma pessoa já teria dado entrada na Câmara Municipal de Mariana com uma representação contra a prefeita pedindo o seu afastamento do cargo por causa dessa denúncia no Youtube. Cassá-la politicamente é mais fácil, sai mais depressa, bastando ter maioria na Câmara para votar a favor de sua cassação. Estão tentando fazer com a prefeita o que fizeram com ex-prefeito Cássio Brigolini Neme que foi cassado politicamente.
Por falar em maioria parlamentar, coincidência ou não, foi criado também um blocão na Câmara constituído por sete vereadores, 70% do plenário, ficando de fora apenas três vereadores (30%). Esse bloco foi criado para quê? Seria para votar a favor ou contra a cassação política da prefeita, caso seja realmente instalada a Comissão processante? Perguntar não ofende!
Como o tempo que resta de mandato de prefeito é muito pequeno (apenas um ano e dois meses), propor a cassação na justiça comum, que sempre caminha em ritmo de tartaruga paraplégica, iria demorar demais. E o grupo político interessado em conquistar o poder via tapetão tem muita pressa.
Os latifundiários empresários da mineração podem ser ruins de votos nas urnas, não ganharam uma até hoje, mas são imbatíveis e especialistas em tapetão. Primeiro ganharam no tapetão eleitoral, agora estão na iminência de ganhar no tapetão legislativo municipal.
Vamos aguardar!
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