segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Transparência já no legislativo

A exemplo da Prefeitura, a Câmara Municipal de Mariana faz semanalmente despesas publicitárias institucionais em jornais de Mariana e de toda a região dos Inconfidentes dando poucas e escassas informações sobre as suas atividades legislativas. Essa publicidade semanal paga com dinheiro público deveria ser mais bem aproveitada para dar informações mais importantes e de maior interesse para o contribuinte marianense. Por exemplo, em homenagem à transparência, quantos milhões de reais ela gasta por ano para manter em funcionamento o poder legislativo? Quanto custaria aos cofres públicos essas publicidades em jornais? Quanto ganha um vereador em subsídio e quanto recebe e em que ele gasta suas verbas indenizatórias? Quanto o legislativo gasta para a realização anual de várias sessões solenes quando são agraciadas diversas personalidades? Quantos funcionários concursados ou não e comissionados existem no legislativo e quanto ganham cada um? São informações preciosas que poderiam ser publicadas semanalmente nos jornais e que interessam muito aos contribuintes marianenses que pagam em dia os seus impostos. Até a Prefeitura que também gasta muito dinheiro em publicidade nos jornais deveria fazer o mesmo e não faz. Infelizmente falta nela também transparência.
Que a transparência já da Câmara e da Prefeitura seja sempre estampada nos jornais com informações semanais especificas sobre como e onde o dinheiro público está sendo investido. Afinal de contas, vereadores e prefeitos, prestar contas aos contribuintes é uma obrigação constitucional.

Barulho ensurdecedor
Deslumbrados com a potência de som que colocam nos porta-malas de seus veículos e crentes no delírio exibicionista doentio de que estão abafando, jovens estão invadindo o centro histórico de Mariana e provocando uma ensurdecedora poluição sonora, sob os olhares complacentes e coniventes do Departamento Municipal de Trânsito (Demutran) que não toma nenhuma providência para coibir o abuso sonoro proibido pela legislação municipal. Inclusive, o município já dispõe de um aparelho que mede a altura de som e, parece, nunca foi usado.
Por que razões esses jovens não fazem barulho nos bairros onde moram ao invés de perturbar a tranquilidade dos moradores do centro histórico? Seria preconceito contra os que moram no centro ou então não fica bem perturbar a tranquilidade de suas famílias e vizinhos? Aliás, no meu entendimento, tanto os moradores dos bairros quanto os que moram no centro merecem o mesmo respeito e consideração. Embora gosto não se discuta, de bom senso diria que ninguém é obrigado a ouvir em alto som tipos de música que não combinam com o gosto de terceiros.
Eu acho que essa mania de jovens fazer exibicionismo público é decorrente de sua carência afetiva e sexual. Quem está de bem com vida não faz isso. Não precisa fazer barulho para chamar a atenção dos outros para si. Felizmente, essa mania exibicionista não é caso de polícia, mas de terapia.
Que tal o poder público municipal instituir uma providencial terapia ocupacional para os nossos carentes e barulhentos jovens. Daria uma sugestão. Por exemplo, a Secretaria Municipal de Turismo poderia criar um Festival de Música de Porta-malas de veículos todo fim de semana na Praça dos Ferroviários. Seria um sucesso de público jovem. Aliás, por falta de cultura, os jovens não são muito exigentes nessa questão de qualidade musical. Para eles o ideal sempre será o tradicional e infernal barulho sonoro.
Os dez ou quinze maiores barulhentos do Festival ganhariam prêmios. Como está na moda em Mariana a indústria da vaidade, como temos dez e a partir de 2013 teremos 15 vereadores, daremos para os jovens dez ou 15 medalhas, comendas, diplomas, mérito legislativo, Moções de aplauso e Menções honrosas anualmente. O festival, a exemplo de outros eventos aqui realizados, seria inserido também no calendário oficial do municipio. É bem provável que, com essa extravagante providência, a carência exibicionista dos jovens seria suprida e a poluição sonora ficaria isolada e localizada num lugar só e os bairros e o centro histórico, agradecidos, ficariam livres desse infernal pesadelo sonoro!

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