Confesso que, como marianense, fiquei muito satisfeito com a escolha plebiscitária da Praça Minas Gerais como uma das sete maravilhas em disputa popular com outras 21 atrações que participaram do concurso organizado pelo Instituto Estrada Real em parceria com a Federação das Indústria do Estado de Minas Gerais (FIEMG).
A escolha da praça, para mim, foi uma surpresa agradável, não pela sua beleza inconfundível, hoje um símbolo emblemático de nosso Estado, mas por causa do vergonhoso preconceito que a mídia mineira e nacional tem contra Mariana, que faz questão de divulgar as cidades históricas vizinhas e ignorando sempre a primaz de Minas Gerais. Tanto isso é verdade, que a imprensa nacional já teve a coragem de publicar que a linda Praça Minas Gerais estava localizada em Ouro Preto. Os enganos da imprensa são sempre contra Mariana.
E por falar na Praça Minas Gerais, pior do que o comportamento preconceituoso da imprensa, é o criminoso descaso que os poderes legislativo e executivo de Mariana têm com a preservação dela, hoje em lastimável estado de conservação. A igreja de São Francisco, o prédio da Câmara e o Pelourinho estão abandonados, precisando de urgente restauração.
A propósito, lendo a Ata do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Mariana, datada de 04.01.2012, publicada no jornal “O Monumento”, o Diário Oficial do município, constatei que foi feito um Contrato de Prestação de Serviço entre o município de Mariana e a Fundação da Pesquisa (FUNDEP), em 08.08.2011, no valor de R$ 392.619,32, para a elaboração de um Projeto não só de restauração do prédio da Câmara, como também a construção de um edifício anexo atrás.
Sem entrar no mérito da questão, por sinal muito polêmico, de a construção do anexo agredir ou não o patrimônio histórico, o que me causa espanto e preocupação é a estranha localização do anexo, que, segundo os autores do projeto, terá 750 m2 e um custo de R$ 1,5 milhão, incluindo a restauração.
O prédio anexo seria construído e ficaria dependurado numa encosta que tem centena de metros de declive que termina lá embaixo na Rua do Catete. Já pensou se uma construção desse porte desliza morro abaixo, já que a área, em declive muito acentuado, tem um potencial risco de deslizamento? No meu entendimento, não há lugar pior para se construir um prédio daquele porte numa perambeira. Aliás, para que construir um anexo ali se a Câmara já tem um imóvel desapropriado na Praça da Sé e até hoje inativo? Perguntar não ofende!
No meu entendimento, ao invés de primeiramente pagar os 392 mil reais pelo projeto, como de fato aconteceu, seria muito mais prudente, para não dar posterior prejuízo ao erário público, consultar previamente os órgãos encarregados da preservação do nosso patrimônio como IEPHA, IPHAN e o Ministério Público sobre a viabilidade técnica e histórica ou não da referida construção do anexo. Já pensou se esses órgãos governamentais forem contra a construção? Quem irá arcar com o prejuízo do município?
Como se vê, os projetos são financeiramente muito generosos para quem faz ou manda fazê-los, porém, são muito onerosos para os contribuintes marianenses!
Enquanto isso, a Praça Minas Gerais continua abandonada. Um absurdo!
A escolha da praça, para mim, foi uma surpresa agradável, não pela sua beleza inconfundível, hoje um símbolo emblemático de nosso Estado, mas por causa do vergonhoso preconceito que a mídia mineira e nacional tem contra Mariana, que faz questão de divulgar as cidades históricas vizinhas e ignorando sempre a primaz de Minas Gerais. Tanto isso é verdade, que a imprensa nacional já teve a coragem de publicar que a linda Praça Minas Gerais estava localizada em Ouro Preto. Os enganos da imprensa são sempre contra Mariana.
E por falar na Praça Minas Gerais, pior do que o comportamento preconceituoso da imprensa, é o criminoso descaso que os poderes legislativo e executivo de Mariana têm com a preservação dela, hoje em lastimável estado de conservação. A igreja de São Francisco, o prédio da Câmara e o Pelourinho estão abandonados, precisando de urgente restauração.
A propósito, lendo a Ata do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Mariana, datada de 04.01.2012, publicada no jornal “O Monumento”, o Diário Oficial do município, constatei que foi feito um Contrato de Prestação de Serviço entre o município de Mariana e a Fundação da Pesquisa (FUNDEP), em 08.08.2011, no valor de R$ 392.619,32, para a elaboração de um Projeto não só de restauração do prédio da Câmara, como também a construção de um edifício anexo atrás.
Sem entrar no mérito da questão, por sinal muito polêmico, de a construção do anexo agredir ou não o patrimônio histórico, o que me causa espanto e preocupação é a estranha localização do anexo, que, segundo os autores do projeto, terá 750 m2 e um custo de R$ 1,5 milhão, incluindo a restauração.
O prédio anexo seria construído e ficaria dependurado numa encosta que tem centena de metros de declive que termina lá embaixo na Rua do Catete. Já pensou se uma construção desse porte desliza morro abaixo, já que a área, em declive muito acentuado, tem um potencial risco de deslizamento? No meu entendimento, não há lugar pior para se construir um prédio daquele porte numa perambeira. Aliás, para que construir um anexo ali se a Câmara já tem um imóvel desapropriado na Praça da Sé e até hoje inativo? Perguntar não ofende!
No meu entendimento, ao invés de primeiramente pagar os 392 mil reais pelo projeto, como de fato aconteceu, seria muito mais prudente, para não dar posterior prejuízo ao erário público, consultar previamente os órgãos encarregados da preservação do nosso patrimônio como IEPHA, IPHAN e o Ministério Público sobre a viabilidade técnica e histórica ou não da referida construção do anexo. Já pensou se esses órgãos governamentais forem contra a construção? Quem irá arcar com o prejuízo do município?
Como se vê, os projetos são financeiramente muito generosos para quem faz ou manda fazê-los, porém, são muito onerosos para os contribuintes marianenses!
Enquanto isso, a Praça Minas Gerais continua abandonada. Um absurdo!
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