A cassação política da ex-prefeita Terezinha Ramos pela Câmara Municipal de Mariana, ocorrida em 14.02.2012, poderá gerar na sucessão municipal deste ano uma série de consequências político-eleitorais.
No PDT, o partido dos latifundiários empresários de mineração, por exemplo, terá como candidato natural à reeleição o atual prefeito Roberto Rodrigues, já que a candidatura de Walter Rodrigues ficou inviabilizada em função de ser irmão do prefeito. Outro provável candidato do partido seria Bambu, o atual presidente da Câmara.
A posição de Juliano Vasconcelos Gonçalves, contrário à cassação de Terezinha Ramos, sem entrar no mérito da justificação pessoal de seu voto, deverá ter repercussão eleitoral. Seu voto poderá fortalecer ainda mais a candidatura de seu irmão Duarte Júnior ao cargo de prefeito junto ao eleitorado ramista.
Quando o Marcius Costa Machado entrou pela primeira vez com uma denúncia contra Terezinha Ramos, a Câmara Municipal de Mariana a arquivou sumariamente dando um claro sinal de que queria paz com o poder executivo, pois se era ruim com ela, pior seria sem ela.
Mas a assessoria maluca e aloprada da prefeita, parece, não entendeu o recado. A assessoria passou então a agredir os vereadores usando os microfones de emissora de rádio e jornal locais para desmoralizar a imagem da Câmara.
Quando o Ministério Público resolveu impetrar uma Ação Civil Pública contra a prefeita com base na mesma denúncia e do mesmo denunciante e foi acatada pela justiça comum, a Câmara não teve alternativa senão aceitar a mesma denúncia antes rejeitada.
Os vereadores de origem da Esquerda, ex-ramistas, que votaram a favor da cassação da prefeita, não do ponto de vista ético, mas eleitoral, nas próximas eleições municipais serão beneficiados ou prejudicados pela posição tomada? Uma boa pergunta!
Qual será o futuro relacionamento dos vereadores em relação ao novo prefeito? Teoricamente, o atual prefeito só tem um vereador de seu partido na Câmara: o Nêgo e o Bambu do PDT de Walter Rodrigues.
Os demais vereadores fazem parte de outros grupos políticos distintos que poderão ser situação ou oposição ao novo governo. Em ano eleitoral, os interesses político-eleitorais são muito conflitantes e obter uma maioria confortável na Câmara não será uma tarefa fácil. A não ser que haja o famoso é dando que se recebe, perverso costume, muito ao gosto de nossos manjados e fisiológicos políticos marianenses.
Mas o prefeito dispõe de mais de 300 cargos comissionados e de confiança para repartir com os correligionários e cabos eleitorais dos vereadores. Pela leitura do próximo Diário Oficial do município, o eleitorado marianense ficará sabendo se eles estão juntos e misturados com os latifundiários empresários da mineração!
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